O Sintufepe Ufrpe, Aduferpe e a Divisão de Segurança Universitária (DSU) se reuniram na manhã da quarta-feira (04) com o Reitor da Ufrpe, prof. Marcelo Carneiro Leão, para discutir sobre as graves ocorrências referentes à segurança no campus sede que culminaram com o assassinato do servidor Manoel da Silva Santos durante o serviço nas dependências da Universidade, no mês de novembro de 2022.
Durante a ocasião, os representantes das entidades dos técnico-administrativos e dos docentes da UFRPE ressaltaram alguns dos principais problemas que devem ser urgentemente trabalhados, entre eles: desconhecimento da existência de um Plano de segurança para a UFRPE; precarização do trabalho dos servidores da segurança e ações preventivas; necessidade de serviço preventivo em áreas mais problemáticas da UFRPE; algumas áreas ainda com má iluminação; seguranças em estaca/postos e móveis; implantação de serviços de inteligência em videomonitoramento.
Os sindicatos reconheceram que os cortes de verbas pelos quais passa a universidade nos últimos seis anos tiveram impacto direto na manutenção das atividades, no entanto, salientaram que tais problemas ocorrem concomitantemente e dizem respeito à priorização da execução de um plano de segurança adequado à nossa realidade.
Em sua fala, o reitor apresentou um levantamento comparativo com outras instituições, trazendo números de ocorrências de agressão física, ameaças, arrombamentos, assaltos e roubos, entre outros. Segundo o prof. Marcelo, esses dados comparativos mostram que existe um bom funcionamento da segurança na UFRPE, mas sempre é possível melhorar.
Nicodemos Felipe, coordenador de Formação Política e Sindical do Sintufepe, levantou pontos como subnotificações, assédio moral e a importância da ampliação do diálogo entre a gestão superior, sindicatos e orgânicos e terceirizados da segurança. “Esse plano de segurança precisa ser discutido coletivamente, assim como entendo que dentro da instituição deve haver uma segurança cidadã, com seu valor reconhecido e sem precarização. Precisamos ter mais diálogo entre a segurança terceirizada e os orgânicos. Estamos aqui para ampliar esse diálogo para humanização das políticas de segurança e demais políticas educacionais da UFRPE”, disse.
Nicole Pontes, presidenta da ADUFERPE, reforçou a necessidade da construção e discussão coletivas de uma política de segurança com base na organização e transparência de dados. “Disponibilizar dados e informações, realizar campanhas educativas para orientar e incentivar a comunidade acadêmica a notificar também casos menos graves, desta forma fazendo com que todos contribuam para um ambiente acadêmico mais seguro, cuidando do coletivo”, acrescentou.
Ao final, foi encaminhado o envio das informações discutidas pela reitoria, bem como a criação de uma Política de Segurança para a UFRPE.
